sábado, 4 de setembro de 2010
Corpo de homem apodrece em capela no cemitério
Por :Mauro Graeff Júnior
Enrolado em um saco plástico preto, o corpo de um homem se decompõe na capela mortuária do Hospital Vila Nova, em Porto Alegre. Depois de dar entrada sem documentos, o homem morreu no hospital no último dia 5. A direção do hospital diz que encaminhou a documentação para identificá-lo e enterrá-lo, mas até sábado não havia conseguido a papelada suficiente para o sepultamento. Sem câmara fria, mantém o corpo na capela para onde são levadas as pessoas que morrem no hospital.
Pacientes, familiares de pessoas internadas e funcionários reclamam do fedor quase insuportável. Segundo o diretor do Departamento de Identificação do Rio Grande do Sul, Guilherme Ferreira Lopes, o pedido de identificação cadavérica foi feito no dia 5 de novembro, quando, no mesmo dia, foram enviados peritos para coletar as impressões digitais.
— A pesquisa datiloscópica demorou porque um equipamento estragou. No sábado, conseguimos chegar a um nome, que chamamos de identificação precária porque a pessoa não tem identidade. Segunda-feira vamos mandar as informações para a Polícia Civil para encaminhar ao hospital.
A diretora do Departamento Médico Legal (DML), Débora Maria Vargas de Lima, diz que desde o início do ano há tratativas para instalar uma câmara fria no hospital. Segundo Débora, o DML não se nega receber corpos, mas no caso de demanda muito alta, pode ocorrer de o departamento se negar.
Segundo Cláudia Abreu, diretora-administrativa do Hospital Vila Nova, para encaminhar para o enterro, é indispensável a identificação.
— Entramos com um pedido judicial para fazer o enterro, mas houve um erro. O pedido foi encaminhado em nome do nosso funcionário e não em nome do hospital. Por isso, foi negado pela Justiça.
É Impressionante como o descaso do governo consegue nos atingir até depois de morto.
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